sexta-feira, 3 de junho de 2011

Rugby: famalicense integra lote de selecionados

“Garras” de Rui d’ Orey ao serviçoda Seleção dos “Lobos”

Rui Afonso d’ Orey Branco, famalicense de 25 anos de idade, é um dos membros damítica Seleção Nacional de Rugby, vulgarmente conhecida por “Os Lobos”. O jovem, que começou a jogar com 15anos, teve a sua primeira internacionalização frente àRússia, em casa, integrando de lá para cá o lote de selecionáveis do professor Tomáz Morais, líder da “alcateia”.Com 192 centímetros de altura e 105 quilos de peso, confirma já sete internacionalizações, em cinco anos de Seleção Nacional. Apaixonado pelo rugby, Rui d’ Orey confessa que a modalidade não é dissociável do seu projeto de vida. “Não sei viver de outra forma”, refere em entrevista a este semanário, expressão que bem confirma os ignificado que tem para si a modalidade que pratica há já uma década. A estudar medicina veterinária em Lisboa, onde reside actualmente, a conciliação do curso com a práticada modalidade é feita com uma gestão ao segundo. A ajuda dos colegas de faculdade, confessa, é essencial sobretudo agora, com dois treinos diários de preparação para a Nations Cup, na Roménia, entre 7 e 12 de Junho.

DEZ ANOS DE PROGRESSÃO NA MODALIDADE

O primeiro contacto com a modalidade ocorreu por intermédio de um professor de educação física que havia sido“um grande jogador” da modalidade.“Ele levou-me ao primeiro treino. Depois desse contam-se pelos dedos das mãos os treinos a que faltei…”,conta Rui d’ Orey a propósito. A primeira coletividade que o acolheu para a práticado rugby foi o Centro Desportivo Universitário do Porto(CDUP). “Lembro-me perfeitamente do primeiro treino, à chuva e com um frio de rachar”, relata. Meio ano depois de começaros treinos de forma persistente, foi convocado para a Seleção de Sub-16. As suas qualidades como atleta foram-no confirmando sucessivamente como selecionável. Dos Sub-16 passou para os Sub-18, depois para os Sub-19 e para os Sub-20. “Um dia, quando ainda treinava nos sub-20, estava em casa a estudar e recebi uma chamadado professor Tomaz Morais, a convocar-me para os treinos da selecção”, descreve acercado momento que é chamadoa integrar a Seleção dos “Lobos”. A primeira internacionalização ocorre aos 20 anos de idade, num jogo em casa frente à Seleção russa. Acerca da sensação que sentiu quando pela primeira vez envergou as cores nacionais, Rui d’ Orey diz: “nem consigo descrever bem, foi uma sensação fortíssima. Já andava a treinar com a equipa há uns bons tempos e finalmente tive a minha oportunidade… Foi maravilhoso”. Das várias competições em que já marcou presença, o famalicense internacional da Seleção de Rugby fala do Campeonato do Mundo de Sub-19 na África do Sul, e o Torneio Europeu das Nações. Determinado a conciliar a modalidade com o curso superior, Rui d’ Orey confessa que nem sempre é fácil. “Nesta fase que estamos a preparara participação na NationsCup, que vai decorrer na Roménia nos dias 7 a 20 de Junho, e temos cerca de dez treinos por semana, o que implica dois treinos por dia, no mínimo, um de manhã ou a hora de almoço, e outro ao fim da tarde”, adianta. E como conseguir não prejudicar nenhuma das coisas? “Entre estes treinos vou às aulas e estudo,que a época de exames está quase a chegar”, afirma o jovem famalicense, que não perde a oportunidade de agradecer a alguns “amigos espectaculares da faculdade”que o ajudam imenso nesta tarefa de conciliação. “Sem eles não conseguia”, diz mesmo.

“NÃO SEI VIVERDE OUTRA FORMA”

Para Rui d’ Orey, o vínculo ao rugby é umbilical. Daí que a ligação à modalidade, frisa, faz parte do seu projeto de vida. “Não sei viver de outra forma”, diz a propósito, acrescentado: “claro que a parte profissional vai ditar muito do que será o meu futuro no desporto, mas olhando para a equipa da selecção vejo que com disciplina e organização tudo se consegue”. É esse um dos principais ensinamentos que colhe da Seleção dos “Lobos”, e que no seu entender também alimenta a mística do grupo: “somos um grupo de amigos que trabalha muito para atingir os seus objectivos, e daí vem a mística. Quando vamos para dentro de campo, é o culminar de um trabalho árduo que vem de trás, sempre juntos, sempre a puxar uns pelos outros, para sermos melhores”. Para além desta firme contade de grupo, o famalicense confessa que o “enorme orgulho de representar Portugal”, é outros dos condimentos do sucesso de homens que procuram sempre honrar as cores que vestem dentro de campo.



Entrevista dada a Sandra Ribeiro Gonçalves, jornalista do jornal "O povo famalicense"

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